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SARA in Público: Beatriz Batarda “Escolhi o meu caminho, o que sacia a minha patologia”

Uma conversa sobre actrizes, egos, choro e mamas. Aos 25 anos de carreira, na sua primeira incursão na televisão portuguesa, a actriz Beatriz Batarda é a actriz Sara na série de Marco Martins que se estreia domingo na RTP2. Fê-la rir de si mesma, fê-la desconstruir clichés.

Sara é uma actriz dita séria que lida com o olhar sobranceiro sobre a novela e os actores que se “vendem à TV”, como a certa altura um fã lhe atira. E é uma série que sobrevoa tanto a imagem do cinema português quanto as modas do abacate e do açaí. Sara é um papel que só podia ser de Beatriz Batarda. E Sara é uma nova série portuguesa que conta a história da actriz dramática que deixa de conseguir chorar. Vai ver como vive a outra metade, nas novelas e no Facebook.

Estreia-se dia 7 às 22h15 na RTP2, e não no primeiro canal que tem albergado todas as novas séries nacionais da estação pública. Chega aos 25 anos de carreira de Beatriz como uma série especial. É audiovisual sobre audiovisual. Faz o malabarismo da homenagem aos mestres do cinema e da imagem colorida das novelas, entre o riso genuíno e a solidão. Os primeiros episódios passaram, com sucesso, no festival IndieLisboa.

É a estreia de Marco Martins e de Beatriz Batarda na televisão portuguesa e no humor, fruto de uma ideia original (e depois argumento) de Bruno Nogueira após um desafio de Nuno Artur Silva durante o seu principado na RTP. São dois homens que escreveram para e filmaram com uma mulher e uma actriz que conhecem bem: Batarda fez Alice, Como Desenhar um Círculo Perfeito ou São Jorge com Marco Martins, realizador que já foi encenado por ela, juntamente com o marido Bruno Nogueira, na peça Como Queiram, por exemplo.

Filha do pintor Eduardo Batarda, também conhecida como Beatriz Moreno, interpreta Sara Moreno. Mas a actriz de A Caixa e Vale Abraão, de Manoel de Oliveira, nega os paralelos fáceis que se poderão estabelecer com a personagem, que é filha de um conceituado escritor ficcional e que vocifera contra um pretensioso realizador “armado em Tarkovsky, foda-se!”.

Leia a entrevista completa aqui.

Joana Amaral Cardoso,

in Público